Minha raiva é tão sublime
Que nem sei o seu motivo
Meu desejo é tão enfermo
Que o seu sintoma é o desespero
Meu amor é tão horrendo
Que as putas me rejeitam
Minha dor é tão minha
Que evito a luta para não dividi-la
Meu fim é tão previsível
Que findo esses versos porcos
Com a mesma raiva do início.
Robert de Andrade Oliveira
sábado, 1 de novembro de 2008
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2 comentários:
Minha dureza é tão gritante
que antecipou a quebra das bolsas
Minha alegria é tão atávica
que suporta as maiores angústias
Minha vontade é tão forte
que carrega até quem estiver comigo.
quanta raiva em seus coraçõezinhos...
acho que eu tinha que continuar
minha sujeira é tão limpa
que não ri pra não chorar
minha fortuna é tão desvirtuosa
que não tem príncipe pra procurar
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